Crédito sem pressa: Fuga dos juros altos impulsiona o recorde nos consórcios

O consórcio tem se consolidado como uma das principais formas de aquisição de bens no Brasil, oferecendo uma alternativa econômica ao financiamento tradicional. Baseado na compra coletiva planejada, ele permite que grupos de pessoas adquiram imóveis, veículos, maquinário e até serviços, por meio de contribuições mensais e contemplações via sorteio ou lance.

Um dos grandes diferenciais é a ausência de juros. Em vez disso, há apenas a taxa de administração, que costuma variar entre 15% e 25%, diluída ao longo do contrato. Isso torna as parcelas mais acessíveis e atrativas, especialmente em comparação aos altos custos dos financiamentos tradicionais. Algumas administradoras ainda aplicam o fundo de reserva, destinado a cobrir imprevistos, mas sempre com transparência contratual.

De acordo com simulações de mercado, os custos do consórcio podem ser até 10 vezes menores que os de um financiamento. No setor imobiliário, por exemplo, prazos de até 20 anos possibilitam um planejamento mais flexível. Além disso, a modalidade tem atraído tanto pessoas físicas quanto empresas e produtores rurais, que utilizam os recursos para renovar equipamentos e expandir seus negócios.

Nos últimos anos, o setor também tem inovado. Entre os exemplos estão plataformas digitais para negociação de cotas e até consórcios atrelados a ativos como ouro. O crescimento é expressivo: em 2025, a expectativa é de expansão de 18%, reflexo da conscientização do público e da busca por soluções mais econômicas diante dos altos juros do mercado.

Cada vez mais, o consórcio se firma como ferramenta estratégica para quem deseja construir patrimônio com planejamento, disciplina e previsibilidade.